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CULINÁRIA ÁRABE

ESFIHARIA & CAFETERIA & DOCERIA

Origem da Culinária Árabe

Os primeiros hábitos alimentares da população do território da Arábia se baseavam em trigo, cevada, tâmaras, carne, arroz e alguns produtos derivados do leite que eram similares ao nosso iogurte. Conforme os povos semitas indígenas que vinham da península avançavam para o Oriente Médio, os ingredientes da comida árabe ganharam maior diversificação.

Há relatos de que a origem da culinária dessa região se deu por meio das civilizações que povoaram o território chamado de “crescente fértil” que refere-se à região da antiga mesopotâmia entre os rios Tigre e Eufrates. Hoje essa região é o Iraque. Sendo assim, a gastronomia desses povos influenciou os países ao seu redor, que é a Pérsia, Creta e Egito.

Dessa forma, a proximidade com esses dois rios permitia a prática de pesca e o cultivo de legumes, frutas e cereais por meio da irrigação, além da criação de gado para retirada do leite que servia para produzir coalhada e seus derivados.

Foram localizados documentos no palácio de Mari em Tell Hariri, localizado na Síria, os quais apresentavam declarações do período entre os anos de 1800-1700 a.C. sobre variedade de alimentos, modo de preparo e a definição de que a culinária árabe é a mais antiga do mundo. Esses documentos também descreviam os diversos utensílios que eram usados para preparação dos alimentos.

Muitos ingredientes eram fervidos em água, misturados em gordura e assados na brasa ou vapor. Cardápios que tinham carne vermelha como base eram provenientes de boi, vaca, cervos e cabras. Já as aves e peixes eram grelhados ou tostados. A conservação dos alimentos era feita por meio de salmoura — com sal e azeite.

Os trabalhadores se alimentavam de frutas, como uvas, pêssegos e figos, além de sopas com pepinos, raízes e nabo. Os mesopotâmicos eram grandes apreciadores de diversos tipos de queijos, cervejas e vinhos. Os muçulmanos que viviam no deserto tinham uma alimentação mais simples, composta por carnes, alguns poucos vegetais e raríssimo consumo de peixe.

Os momentos das refeições eram e ainda são verdadeiros rituais que representam comunicação e encontro familiar. A variedade e a fartura faziam parte da rotina, e a mesa cheia e decorada servia para homenagear os convidados. Era a forma que o anfitrião utilizava para agradar as suas visitas. Para isso, o dono da casa preparava banquetes e os visitantes tinham o hábito de demonstrar grande satisfação pelo gesto.

O cozimento e utensílios

O cozimento era feito em uma espécie de cúpula, que também amaciava os alimentos com o vapor que se concentrava dentro do forno — principalmente quando as massas de pães eram assadas. Os tachos e panelas eram feitos de bronze ou barro. Para cozimentos mais pesados, lentos e em grande quantidade eram usados caldeirões.

Os utensílios usados no preparo dos alimentos determinavam a técnica e o tempo de cozimento para cada tipo de prato. Com isso, podemos perceber que esses povos eram muito organizados na alimentação, conservação e preparo de cada alimento.

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